Raças

  •  
Aprisco
Caprino da raça Anglo nubiana
Raça caprina AngloNubiana
Fonte: Aprisco
Raça é muito rústica e perfeitamente adaptável ao Brasil, com destinação para carne e leite
Mista de leite e carne, produz em média dois litros de leite por dia, numa lactação de sete meses. Os cabritos vão para o abate aos três meses, já com 21 a 22 Kg. É uma raça inglesa, decorrente do acasalamento entre animais nubianos importados da África, Arábia e Índia, por volta de 1895, e caprinos importados nativos, de pelo curto, da Inglaterra. Nesse país, é simplesmente conhecida como Nubiana.

Adapta-se muito bem no Brasil, produzindo mestiços com boa aptidão leiteira, precoces e com carne de qualidade. Tem a cabeça pequena, muito bem conformada, levantada e alerta, apresentando perfil convexo. Por essa razão, é conhecida como "a cabra de nariz romano", com uma depressão em sua ligação com a fronte. 

Orelhas grandes, pesadas, caídas junto à cabeça indo até o focinho, com o pavilhão interno voltado para a face e as extremidades dirigidas para frente. Essa característica lhe confere um aspecto aristocrático. Olhos grandes e brilhantes. A cabeça da cabra é mais fina e oblíqua que a do bode, não chegando a ser fraca. Não possui chifres e tem o perfil, orelhas e olhos semelhantes aos do macho. O pescoço, de tamanho médio, fino, bem implantado na cabeça e tronco, tem posição levantada. 

Machos e fêmeas podem apresentar barbela de tamanho pequeno. A cernelha não é alta, as espáduas são obliquas e as costelas, compridas e bem arqueadas. Peito não muito largo. Linha dorso-lombar com tendência a subir em direção à garupa, que, por sua vez, é ampla e inclinada. Corpo bem proporcionado. No bode, há uma tendência para as cruzes serem altas e o lombo enselado, o que se deve procurar corrigir. A ossatura e a musculatura geral são mais fortes que na raça Nubiana. O úbere é grande, cheio, flexível, com as duas metades iguais e não carnudas, profundamente pendido, antes dependurado, ligado alto atrás, com tetas grandes e bem colocadas. Veias mamárias grandes e tortuosas. Membros longos, fortes, secos e vem aprumados. Cascos fortes e com coloração de acordo com a pelagem, escuros. Peso mínimo de 55 kg na cabra e 75 kg no bode. Estatura de 60 a 70 cm na fêmea e 70 e 90 no macho. 
A pelagem muito variada, semelhante a da Nubiana, frequentemente malhada ou "tartaruga", sendo comum combinação de pelos pretos, vermelho, pardos. É preferível, porém, que esteja livre de qualquer indício de pelagem de Toggenburg. Os pelos são curtos, lustrados, de grossura regular, embora nos machos sejam mais espessos com maior tamanho ao longo da linha da nuca e dorso-lombar. A pele é frouxa. Mucosa escura. É uma cabra de aspecto alerta e atraente. Embora parecida com a Nubiana, é a mais alta e mais elegante, mais forte, produz mais carne, porém é menos leiteira. Mesmo assim, é boa produtora, pois dá diariamente de 2 a 4 litros de um leite muito gordo, com 6% ou mais de gordura.

A prolificidade é quase tão boa quanto a da Nubiana. Os cabritos são grandes, robustos, precoces e de carne muito boa. É muito rústica e perfeitamente adaptável ao Brasil, salvo nas regiões muito úmidas. É criada, sobretudo, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Tem grande preponderância na transmissão de seus caracteres pelos cruzamentos, sendo fácil confundir mestiços Nubianos, Toggeenburg com Nubianos, o que requer cuidados na verificação da origem pelos compradores. É uma das raças mais recomendáveis ao Brasil. Produz, com caprinos comuns, mestiços dotados de boa aptidão leiteira, de crescimento rápido e produtores de carne de boa qualidade.

Destinação: Carne, Leite.

Clima mais adequado: Adapta-se muito bem no Brasil, salvo nas regiões muito úmidas

Região mais adequada: RJ, BA, MG, SP






caprino da raça Alpina
caprino da raça Alpina
Animais de raça Alpina
Fonte: Aprisco
Raça é especializada na produção de leite
A raça Alpina é originária da parte meridional dos Alpes Suíços. É também criada em regiões da França, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Canadá. No Brasil, há um número expressivo de animais da raça Alpina, especializada na produção de leite.

Suas orelhas são finas, retas, estreitas, de tamanho médio, saindo para os lados e pra cima, conchas auriculares alongadas e bem formadas. Os pelos são curtos e lisos e os animais podem ou não ter brincos, barbas e chifres. Os machos pesam em média 80 kg, e as fêmeas, 50 kg. Essa raça apresenta vários padrões de pelagem:

Chamoisée: pelagem castanho-pardo com lista preta da nuca até a garupa; ventre,chanfro e parte distal dos membros negra (padrão suíço) ou creme com listas pretas (padrão alemão);
Noir: pelagem preta uniforme;
- Policromada: pelagem chamoisée com uma ou mais manchas brancas distribuídas pelo corpo;
- Repartida: parte anterior do corpo castanho-claro e posterior castanho-escuroou preta, ou inverso, com o anterior escuro e o posterior claro;
Mantelée: cabeça, pescoço, membros e parte ventral do corpo castanho-escuro ou negra. Dá a impressão de um animal castanho coberto com um manto negro.

Para as fêmeas registradas na categoria Pura por Cruza de Origem Desconhecida (PCOD), só é aceita a pelagem chamoisée. A pele é escura, solta e flexível e as mucosas escuras. Sua cabeça é média, cônica, alongada e fina, com a testa bem proporcionada e descarnada. Seu focinho é grande e largo e seu perfil é subcôncavo.






Raça Alpina Americana
Raça Alpina Americana
Raça Alpina Americana
Fonte: Aprisco
Raça caprina especializada na produção de leite
A Raça Alpina Americana é voltada para a produção de leite, muito apreciada nos Estados Unidos e Canadá, de onde foram feitas algumas importações por criadores brasileiros.

Sua cabeça é média, triangular e alongada, com a testa bem proporcionada e ligeiramente escavada. O perfil é subcôncavo e as orelhas pequenas ou médias, ligeiramente escavadas e eretas. Os animais podem apresentar chifres ou não.

Sua pele é solta, macia e flexível, com a coloração de acordo com a pelagem. As mucosas são escuras. Sua pelagem é policromada, apresentando diversas combinações de cores, como branco com negro, passando por tonalidade creme e parda-amarelada, até o pardo-avermelhado. 

As diversas cores e os desenhos recebem denominações em língua francesa:
-Cou Blanc: pescoço branco, com a parte dianteira branca e a traseira negra, com listras negras na cabeça, descendo até as narinas;
-Cou Clair: pescoço claro, com parte dianteira de cor canela ou branco mesclado com listras amarelas, com o posterior negro;
-CouNoir: pescoço e parte dianteira negra e parte traseira branca;
-Sundgau: marcas e manchas negras com branco, tal como ventre e adomofacial;
-Chamoisée: castanho com carga negra e linha de dorso e membros escuros;
-Noir: animais totalmente negros.









Ovino
Caprino da raça Bhuj
Raça caprina Bhuj
Fonte: Aprisco
Raça destinada à produção de pele
Raça originária da área de Kutch, em torno do golfo de mesmo nome, região árida da Índia, próxima à fronteira do Paquistão, chegando ao Brasil por volta de 1970. Chegou ao 

Os animais puros foram dizimados por verminoses, restando apenas os descendentes mestiços, que foram aceitos pela Associação Brasileira dos Criadores de Caprinos (ABCC) como raça brasileira, apesar da mestiçagem. A raça passou a ser chamada de Bhuj Brasileira.

São animais com cabeça pequena e bem conformada, com perfil ultraconvexo, aceitandose também o convexo. Olhos de cor preta ou castanha. Orelhas com implantação baixa e soltas, paralelas à face, com as extremidades voltadas para fora, longas, largas e pendentes, ultrapassando a ponta do focinho, chitadas ou brancas.

Nos machos, os chifres são curtos, fortes, chatos, dirigidos para cima, para trás e quase sempre formando uma leve espiral. São mais delicados nas fêmeas, em arco ou levemente para frente. A pelagem é preta ou castanha escura. Face com manchas brancas. A pele é solta e escura e as mucosas escuras. Pescoço de tamanho médio e grosso nos machos, e comprido e fino nas fêmeas. Admite-se brincos. Dorso comprido e largo. Garupa comprida, larga e um pouco inclinada. Corpo alongado e de abdômen amplo e membros longos. Esta raça é apresentada no padrão homologado pela ABCC como de múltipla aptidão, mas apresenta baixa produção de leite e de carne, apesar da estatura elevada. 
Destinação: Pele








Aprisco
Caprino da raça Boer
Raça caprina Boer
Fonte: Aprisco
Adaptável a várias condições de clima e de excelente conversão alimentar, raça apresenta baixa infestação por endoparasitas
A raça Boer é o resultado do cruzamento de várias raças de cabra, especialmente da Indiana com a Angorá, sendo originária da África do Sul. São animais com grande rapidez de crescimento, fortes e resistentes, robustos, pesados e harmônicos.

A cabeça é de perfil subconvexo a convexo, proeminente. Olhos marrons e de aparência tranquila. Narinas com uma curvatura delicada e larga. Boca bem formada, com maxilar bem aposto e mucosas rosadas. Chifres fortes, de comprimento moderado, posicionado bem distante, com uma curva inversa gradual tendendo a sair para as laterais. Orelhas largas, lisas, de comprimento médio para pequeno, sendo caídas. Pescoço forte, bem implantado, de tamanho médio . Corpo forte, compacto, com boa conformação muscular. A linha de dorso é a mais reta possível, e arredondada. Cascos escuros e fortes. Calda inserida e proporcional ao tamanho do animal. Peito largo com boa quantidade de músculos. Pelagem branca em todo o corpo, exceto nas orelhas e na cabeça, que são de coloração vermelha, variando do claro ao escuro, com faixa branca na face. A pelagem da cauda pode ser vermelha, no entanto, a coloração não deve ultrapassar 2,5 cm de sua base. É ainda permissível coloração preta ou marrom na cabeça e orelhas, com manchas de menos de 5 cm de diâmetro nas pernas, abaixo da linha do ventre. Pele de coloração escura. Couro homogêneo, bem conformado, enrugado principalmente no pescoço. Pelo curto e macio.
Destinação: Carne, Leite
Clima mais adequado: Adaptável a várias condições de clima




Aprisco
Caprino da raça Angorá
Raça caprina Angorá
Fonte: Aprisco
Raça produtora de pelos, denominados "mohair", de alto preço no mercado mundial
Raça conhecida desde 2400 a.C., originária de Angorá, na Anatólia, Ásia Menor, uma região de solos pobres e temperatura muito variável. Atualmenteé criada principalmente na Turquia, União Soviética, União Sul-Africana e Estados Unidos.

No interior do Rio Grande do Sul encontram-se alguns exemplares criados de forma extensiva com alto grau de consanguinidade. Seu peso é de 30 a 55 kg na fêmea e 50 a 75 kg no macho. Estatura de 50 a 60 cm na fêmea e 60 a 70 cm no macho. Sua cabeça é média, cônica, alongada, fina e angulosa. O perfil é retilíneo ou subcôncavo.

As orelhas são bem implantadas, largas e finas, horizontais ou levemente caídas, com o pavilhão voltado para baixo, com 20 cm de comprimento por 5 cm de largura.
Os chifres são cinzentos, achatados, saindo para trás, para cima e para os lados, sempre em espiral e simétricos, sendo menores, mais finos e menos torcidos nas fêmeas, e com até 50 cm de comprimento nos machos. Pescoço curto e levantado.

O corpo é bem proporcionado, amplo, comprido e profundo. Linha dorso-lombar direita em nível e carga. Peito largo, no macho. Cruzes baixas e achatadas. Costelas arqueadas, ancas largas e ventre bem sustido. Cauda ereta, curta e deprimida. Defeitos comuns são corpo estreito e garupa caída. Úbere relativamente pequeno. Membros curtos, bem agrupados. Dispostos em retângulo, ossatura forte e boletos bem sustidos. 

Sua pelagem é branca, uniforme e lustrosa, com pelos finos, brilhantes e sedosos, com 20 a 30 cm de comprimento, cobrindo todo o corpo, com exceção do focinho e chanfro, orelhas e extremidades dos membros, que são recobertos por pelagem curta, mais sedosa, formando mechas longas e onduladas, com até 70 cm de comprimento. Apresenta topete sobre a fronte. A pele é rósea e fina e as mucosas são claras. A Angorá é uma cabra pequena, de aparência elegante e alerta. A qualidade do "mohair" varia com o ambiente e é pior nos climas temperados e quentes. Com esta lã fabricam-se pelúcias, estofamento de móveis e automóveis. As peles são utilizadas na confecção de vestes quentes e pelegos. A carne é fina e saborosa.

A Angorá tem temperamento manso, não suporta a umidade, e é indicada para planaltos e terras onduladas em clima seco. Não é muito prolífica, mas a taxa de nascimento de 70% pode subir, com cuidado, para 100% a 120%. Os cabritos são delicados e não devem sair para o campo antes da idade de seis semanas. São muito sensíveis às chuvas frias, mas suportam o frio seco. O leite é apenas suficiente para as crias.
Destinação: Pele
Clima mais adequado:
 Não é recomendável para climas temperados e quentes. Não suporta a umidade. É indicada para planaltos e terra onduladas em clima seco. São sensíveis às chuvas, suportando, porém o frio seco.





Aprisco
Caprino da raça Canindé
Raça caprina Canindé
Fonte: Aprisco
Caprinos rústicos, prolíferos, pouco exigentes e resistentes às doenças
O Canindé originou-se de raças trazidas pelos colonizadores. Seu peso é entre 30 e 40 kg. Altura aproximada de 55 cm. A cabeça é de tamanho médio e harmoniosa com o corpo. Chifres são de coloração escura, dirigindo-se para trás, para cima e para os lados, podendo ser frequente a ausência dos mesmos. Orelhas são medianas, alertas e bem inseridas. Seu pescoço delgado, harmônico e bem implantado. Dorso de linha de apresentação reta. Garupa inclinada e curta. Ossatura forte, mas delicada, os cascos são medianos, escuros e apresentam bons aprumos. 

A pelagem é preta, mas com o ventre e o lombo listrado de cor castanho claro ou escuro. Como nos caprinos da raça Moxotó, apresenta em torno dos olhos manchas amarelas ou brancas, descendo duas listas dessa mesma coloração até a comissura labial. Os pelos são curtos e brilhantes. Os animais são leves e de pequeno porte. É produtora de leite e carne. A prolificidade varia de 1,29 a 1,43, e a mortalidade situa-se de 15% a 18,6% para animais de até um ano de idade. Para animais com essa idade o peso gira em torno de 15,7 kg. Os caprinos da raça Canindé assemelham-se aos da raça Moxotó e Repartida em tamanho, forma e função, embora seja a que tem maior aptidão leiteira das três.
Destinação: Leite
Região mais adequada: Nordeste brasileiro - PI, PE, BA, RN e CE





Aprisco
Caprino da raça Moxotó
Raça caprina Moxotó
Fonte: Aprisco
Esta é uma raça criada no Nordeste. O nome vem do Vale do Moxotó, no estado de Pernambuco
O nome vem do Vale do Moxotó, no estado de Pernambuco. A raça espalhou-se por todo o Nordeste: a cabra Moxotó é criada em Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí e Bahia, principalmente.

A raça é oriunda de animais introduzidos há séculos pelos colonizadores, criados sem os devidos cuidados quanto à seleção e alimentação, porém extremamente rústicos e produtores de peles excelentes. Os animais atingem 62 cm de altura. As fêmeas adultas pesam de 30 kg a 40 kg. Apresentam uniformidade de cor, tamanho e tipo. 

A pelagem é baia ou mais clara, com uma lista negra que se estende do bordo superior do pescoço à base da cauda. Possuem uma auréola negra em torno dos olhos e duas listras negras que descem até a ponta do focinho. As orelhas, a face ventral do corpo e as extremidades dos membros, abaixo dos joelhos e garrões, são também negros, assim como as mucosas, as unhas e o úbere. Nos machos as listras escuras são mais largas e comumente a face e as barbas são negras. Os pelos são curtos, lisos, cerrados e brilhantes. A cabeça tem tamanho médio, com fonte convexa e chanfro levemente cavado. Focinho amplo. Orelhas médias, dirigidas lateralmente e um pouco acima da horizontal. Chifres leves, de comprimento médio, saindo para trás, para fora e para cima, em curvatura regular. Os machos frequentemente possuem barbas.

O pescoço é curto, forte e levantado, e mantém a cabeça elevada. Nas cabras, é mais fino. O corpo é bem feito e músculo profundo e de comprimento médio. Cruzes pouco cortantes e mais baixas que as ancas. Dorso e lombo direitos e largos. Garupa curta e inclinada, porém larga. Peito forte e proeminente. Tórax amplo. Ventre longo, volumoso e ajustado ao conjunto. Úbere pequeno, de base reduzida. Tetas bem feitas. Membros secos, fortes, bem agrupados e de comprimento médio. Coxas e braços descarnados. Unhas fortes. A cauda é preta na parte dorsal e clara nos bordos. A Moxotó é uma cabra rústica e prolífica: 40% de seus partos são duplos. A média é de 1,20 e a mortalidade para animais até um ano é de 32,9%. O peso médio de animais com um ano de idade é 15 kg. Sua produção leiteira é baixa, em torno de meio litro por dia, durante um período de quatro meses. Embora não seja grande, graças à sua musculatura geral, conformação e ossatura leve, é boa produtora de carne. É notável pela uniformidade e como produtora de peles excelentes. Esta raça é apresentada no padrão homologado pela ABCC como de múltipla aptidão, produzindo leite, pele e carne.
Destinação: Pele
Região mais adequada: Nordeste brasileiro - PI, BA, PE e CE




Aprisco
Caprino da raça Repartida
Raça caprina Repartida
Fonte: Aprisco
Raça é nativa do Nordeste brasileiro
Os animais apresentam pelagem prata na parte anterior do corpo e baia na posterior, com delimitação irregular, dividida ao meio. Esta raça também é conhecida como "surrão", que significa pessoa muito suja, ou roupa rasgada e suja. Esta denominação se deve à mistura de pelos claros e pretos apresentada por alguns animais. O peso médio é de 36 kg.

A cabeça é escura com manchas baias irregulares, de tamanho médio. Pescoço delgado e embutido no tórax, preto com bordo inferior baio. Orelhas medianas e de extremidades arredondadas, manchadas e com a parte interna preta. O dorso apresenta linha reta. A garupa é curta e inclinada. O corpo é alongado e de abdômen amplo. Os membros são fortes e baios com manchas pretas nas extremidades. Apresentam pelos pretos nos quartos posteriores, nas coxas e pernas. A cauda é preta na parte dorsal e clara nos bordos. A prolificidade média é de 1,20 e a mortalidade para animais de até um ano é de 32,9%. O peso médio de animais com um ano de idade é 15 kg. A exemplo da raça Moxotó, a aptidão dos caprinos da raça Repartida é para pele e carne.
Destinação: Carne, Pele
Região mais adequada: Nordeste brasileiro








Aprisco
Caprino da raça Saanen
Raça caprina Saanen
Fonte: Aprisco
Originária da Suiça, é uma das raças leiteiras mais famosas do mundo
A raça Saanen é originária da Suíça, e criada especialmente nos vales de Sanen, Cantões de Berna e Appenzell, onde as temperaturas médias anuais jamais ultrapassam 9,5ºC. A raça tem, portanto, ajustes fisiológicos indicados para as regiões frias. É, talvez, a raça leiteira mais famosa do mundo. Tem contribuído para a formação e/ou melhoramento de muitas outras raças caprinas leiteiras. É muito apreciada na Europa, Estados Unidos e outros países.

Fêmea fértil, obtém com frequência dois cabritinhos por gestação, e às vezes três. Vive bem em regime de confinamento, mas por ser altamente especializada para produzir leite, é extremamente delicada e muito exigente quanto ao regime alimentar. 

Seu peso é em torno de 45 a 60 kg nas fêmeas e 70 a 90 kg nos machos. A altura é de 70 a 83 cm nas cabras e 80 a 95 cm nos bodes. A pelagem é preferencialmente branca, mas existem animais de coloração creme, com pelos curtos e finos, podendo ser mais longos no fio do lombo e nas coxas. Para o registro genealógico, são aceitas pequenas manchas de coloração escura na pele e pelos. São preferidas as cabras sem barba e sem brincos, assim como são pouco apreciados os de pelos longos e os chifrudos. A pele é rosada e as aberturas naturais amarelas. São toleradas manchas escuras na pele, mas não nos pelos. 

A cabeça é cônica e alongada, descarnada e elegante. Olhos grandes, amarelos e mansos. Orelhas delicadas e mantidas um pouco acima do horizontal. Normalmente desprovida de chifres. Fronte grande e larga, bem desenvolvida. No macho, a cabeça deve ser bem angulosa, sem chegar a ser grosseira, e apresentar expressão mansa. O pescoço da cabra é fino e longo, comumente com brincos, enquanto o macho tem pescoço forte, com pelos mais compridos. 

Corpo longo e profundo, bem conformado, com a linha superior direita - salvo a garupa, que é curta e oblíqua, preferindo-se que seja longa e larga, não muito inclinada. As costelas são bem arqueadas, com tendência à magreza, na cabra. Ventre bem desenvolvido, mostrando grande capacidade digestiva. Tórax amplo e profundo e peito bem largo no bode. Úbere inserido alto, bem ligado ao corpo, globular, ou quase, livre de carnosidade, pouco coberto de pelos, com tetas simétricas, de tamanho médio e forma conveniente à ordenha. Veias mamárias longas, grossas e tortuosas. Membros fortes, direitos e secos, bem proporcionados. Os posteriores da cabra têm tendência a serem mais desaprumados e fracos. Cascos bons, de cor amarela.

A Saanen é boa produtora de leite, um tanto magro, com 3,0 a 3,5% de gordura. Cabras médias, criadas em condições normais, produzem 3 litros diários de leite, em um período de lactação de 8 a 12 meses. Na Suíça, a produção média por lactação varia de 600 a 800 litros de leite. A recordista norte-americana da raça alcançou 1821 kg de leite em uma lactação de dez meses.

Em regiões de clima temperado, a raça tem bom comportamento, tanto em pastagens de montanhas como de planícies. É precoce e os animais novos engordam facilmente. É a maior das raças suíças, sendo indicada para aumentar o tamanho e a produção leiteira das nossas cabras comuns, pelo cruzamento, sobretudo nos estados do sul brasileiro.

Sua rusticidade não é muito grande no nosso meio. A estabulação permanente e os lugares úmidos lhe são prejudiciais. Entretanto, numa exploração intensiva, em regime de meia estabulação, é uma cabra que mesmo aqui atinge produções bastante elevadas. A sua cor branca parece ser o principal empecilho à sua disseminação nas regiões tropicais e semitropicais no Brasil.

Destinação: Leite, melhoramento genético.
Clima mais adequado: Frio, com temperaturas abaixo de 9,5ºC. Em regiões de clima temperado a raça tem com comportamento, tanto em pastagens de montanhas como de planícies. Os lugares úmidos lhe são prejudiciais.
Região mais adequada: Europa e EUA




Aprisco
Caprino da raça Parda Alpina
Raça caprina Parda Alpina
Fonte: Aprisco
Animais podem ter chifres ou serem mochos
A Parda Alpina tem origem na parte meridional dos Alpes Suíços, embora também seja criada em regiões de terras baixas. Na Suíça, são conhecidos dois tipos de Parda Alpina: a Oberhash (mocha) e a Grison (com Chifres). 

A pelagem, em geral, é castanho-parda, com listra preta na região da nuca e dorso-lombar. Ambos os tipos possuem o chanfro, a ponta das orelhas, a parte distal dos membros e o ventre de cor preta. É verificada também uma linha preta dos olhos ao focinho.

Outra variedade da Parda Alpina existe nos Estados Unidos, com a denominação de Franco Alpina, formada a partir de animais procedentes da Suíça e França e cujo padrão racial é bem flexível. Assim, admitem-se, naquele país, animais com pelagem totalmente branca, castanha, cinza, vermelha e negra, inclusive combinações dessas cores. 

No Brasil, são criadas as variedades Oberhasti-brienz, Grison e Parda Alemã. A Parda Alpina, embora goze de bom conceito entre os criadores nacionais, é tida como uma cabra que apresenta grandes perdas de peso após o parto. Produz 2,4 kg de leite por dia. Têm lactação de oito meses. Possuem cabeça comprida, fina e de fronte larga, com perfil retilíneo. Orelhas médias, levantadas e com movimentos rápidos. Pelos curtos, finos, brilhantes, de cor parda, partindo do acinzentado ao vermelho-escuro. Seus cascos são escuros. Os machos pesam 65 kg, e as fêmeas, 45 kg, em média.

Destinação: Leite
Fragilidades: Apresenta grandes perdas de peso após o parto







Aprisco
Caprino da raça Cabra Azul
Cabra Azul
Animais são dóceis, têm o tamanho de um cachorro, e gostam da companhia humana
A Cabra Azul é originalmente africana, do grupo "Wad", que significa "West AfricanDwarf" - ou "cabras pequenas do oeste africano". As orelhas são curtas a medianas, eretas ou horizontais. Chifres curtos (base larga nos machos, mais delicados nas fêmeas). Alguns animais são naturalmente machos. 

O pelo é bastante curto, mais duro nos machos, longo, descendo pelas coxas. A coloração mais comum é "agoute selvagem" (castanho-amarelo ao cinza, com posterior mais vermelha e negra). Mas outras colorações, incluindo o branco e amarelo, também são vistas.

São animais dóceise gostam da companhia humana, exatamente como um cão. Jamais precisam ser amarradas. É fácil distinguir dois tipos primordiais de Cabra Azul: a Nigeriana (da Nigéria) e a Camaronesa (de Camarões). A Camaronesa Cabra Azul é curta, peluda, uma típica representante do grupo "wad". Tem um corpo pesado, cabeça mais larga e focinho mais curto que a Nigeriana. Tradicionalmente ela é cinza (variando do cinza-prata ao cinza-escuro), com leves tons escuros, principalmente na face. 

Apresenta, quase sempre, uma "estrela branca" na testa e orelhas claras ou chitadas de branco. Os pelos descem pelas pernas, geralmente curtas e fortes. Os chifres dos machos crescem para cima, autocurvando-se para a face, formando depois um arco para fora em leve eclipse em torno de si mesmo. As pontas dos chifres das fêmeas curvam levemente para frente em direção à face.
Existem inúmeras denominações para estas cabras africanas:
-AfricanDwarf (Africanas Miúdas);
-Djallonké ou FoutaDjallon, Forest Goat (Cabra da Floresta);
-GrasslandDwarf (Miúda da Savana);
-ChèvreNainedesSavanes (Miúda das Savanas)
Nomes locais:
-CameroonDwarf (Miúda de Camarões);
-Chèvre de Casamance (Senegal);
-Diougry ou ChèvreNaineL´Est (Mauritânia);
-Kosi (Camarões);
-NigerianDwarf (Miúda da Nigéria);
Variedades na África:
- Congo Dwarf (Miúda do Congo);
- Cote d´IvoireDwarf (Miúda da Costa do Marfim);
-Ghana Forest Goat (Cabra da Floresta de Ghana);
-Kirdi (Chad);
-Mossi (Burkina)

Estas cabras miúdas estão sendo bastante procuradas como "pets" (animais de estimação) na Europa e Estados Unidos. Nos EUA, formaram-se as raças "AfricanPygmy" (Anãs Africanas), mistura de animais da Alemanha e de exemplares da NigerianDwarf (Miúda Nigeriana). Na Inglaterra, formou-se a Pygmy (Anã). Na Holanda, formou-se a DutchDwarf (Miúda Holandesa).

Na Inglaterra, até 1870, essas cabras eram expostas no zoológico de Londres. Foram mostradas também no Crystal Palace Show, em 1875, onde o famoso criador britânico Sam Woodiwiss comprou um lote para iniciar uma criação. Dois tipos extremos foram, então, estabelecidos na Inglaterra: o primeiro é originário do grupo "West AfricanDwarf" ("Wad"), com membros muito curtos, um pequeno ventre tubular caído, corpo arredondado e uma cabeça nitidamente pequena.

O segundo tipo é semelhante ao grupo sudanês ou ao grupo de pequenas cabras do Leste Africano. São pequenos animais com membros proporcionais. Estes dois grupos uniram-se na Inglaterra, onde foi fundado o PgmyGoat Club. Foram mantidas as denominações de cada tipo, de acordo com o país de origem: Nigeriana, Camaroneana, ou simplesmente Cabra do Oeste Africano ou Nilótica ou Sudanesa.
Na Inglaterra, estas cabras recebem o nome de "Pygmy" (miúdas ou anãs): são robustas e compactas.

Os machos apresentam mais pelos que as fêmeas. Atualmente admitem-se todas as pelagens. As principais são de fundo branco, com manchas coloridas, ou então, de duas cores. Sempre surgem animais com pelagem azul, ou cinza-azulado. As orelhas são eretas e a face ligeiramente abauladas. Todas são chifrudas. Altura máxima: 56,5 cm; mínima de 40,5 cm. Peso médio: 20 a 25 kg (tipo Wad) e 11 a 25 kg (tipo Sudão).

Nos Estados Unidos, o registro genealógico da AfricanPygmy (Anã Africana) começou em 1975. Atualmente já existe a variedade "Kinder" (“dócil”), obtida por meio do cruzamento com a raça Anglo Nubiana, cujo registro começou em 1988, em Washington. A variedade "Pygora" surgiu no estado de Oregon, em 1980, quando aconteceu o cruzamento da cabra africana Pygmy com a Angorá, o que gerou um livro de Registro Genealógico, em 1987.

A raça "NigerianDwarf" (Miúda Nigeriana) foi importada entre 1950-1960 para os Estados Unidos, e também está em franca expansão, como a AfricanPygmy.

No Brasil, a Cabra Azul não é miúda, muito pelo contrário. É uma cabra catingueira como todas as demais, e uma excelente guia de rebanho. São rústicas, produzem mais leite e são mais dóceis. Têm sofrido toda a sorte de mestiçagem no correr das décadas.

A pele é escura, as mucosas nasal e perineal são negras ou em tom cinza-escuro. A pelagem é azulada, ou cinza-azulada, podendo apresentar as extremidades bastante escuras. Algumas apresentam o debrum (contorno fortificado) da orelha também escuro. A grande maioria apresenta uma "estrela" clara na testa. A Cabra Azul sempre foi uma das preferidas do sertanejo. Talvez por influência de 3000 horas de sol nas caatingas, a Cabra Azul brasileira apresenta o pelo mais azul do mundo, e é superior a todas as outras da raça. Encontrada em pequena quantidade na região do Cariri Paraibano.
Destinação: Leite









Aprisco
Caprino da raça Gurgéia
Raça caprina Gurgeia
Fonte: Aprisco
Esta raça pertence a um grupo de caprinos com as características da Moxotó
Raça nativa no Nordeste brasileiro. Algumas autoras sugerem que sejam descendentes da cabra Charqueira de Portugal. Seu nome se deve a um afluente do Rio Parnaíba (PI).
Esta raça pertence a um grupo de caprinos com as características da Moxotó (branca com contorno preto). Seu peso é, em média, 36 kg. A cabeça tem perfil retilíneo. Os chifres são diretos, para cima e pra trás, com as extremidades voltadas para trás. Orelhas pequenas, despontadas e sempre alertas. Pescoço proporcional à cabeça e ao corpo. Dorso tem linha de apresentação reta. Garupa curta e inclinada. O corpo ligeiramente alongado. Membros bem aprumados, terminando em cascos escuros e pequenos. Pelagem castanha, com contorno preto no dorso, ventre e membros.

Produção principalmente de pele e carne. Esta raça está ameaçada de extinção, devido à ocorrência de cruzamentos não orientados das raças nativas entre si, ou com raças exóticas, originando os indivíduos Sem Raça Definida (SRD).
Destinação: Carne, Pele

Setor: Ovino e Caprino










Aprisco
Caprino da raça Toggneburg
Raça caprina Toggenburg
Fonte: Aprisco
É uma raça mais rústica, porém excelente leiteira
Boa reprodutora, costuma ter gêmeos, algumas vezes triplos e quádruplos. O parto é simples e rápido. Os cabritos são fortes e crescem rapidamente. Vive bem em regiões montanhosas, assim como em regime de semi ou total estabulação. No Brasil, existem linhagens inglesas e, mais recentemente, canadenses, com produções leiteiras bastante expressivas. Desenvolve-se bem, até mesmo melhorando as raças brasileiras. 

Sua cabeça é média, cônica, bela, distinta, alongada, seca e mocha, admitindo-se fêmeas descornadas artificialmente. A fonte e o focinho são largos, notadamente no bode, que deve revelar aparência masculina. O perfil é direito e sub-côncavo. As orelhas são um pouco grandes e/ou pequenas ou médias, levantadas e dirigidas para frente. 

Alguns machos apresentam barbas bem desenvolvidas, pescoço forte, bem implantado, proporcional ao corpo. Nas fêmeas, é delgado e harmonioso, com ou sem brincos. Com chifres ou amochado. Os olhos são grandes, castanhos-claros e brilhantes. O trono bem conformado, longo e profundo. O peito largo, regularmente saliente e amplo, tórax profundo e largo, amplo e com costelas bem arqueadas.

Ventre amplo, profundo, de boa capacidade e bem desenvolvido na cabra. Ancas bem separadas. Garupa longa, larga, suavemente inclinada, não muito caída. Membros fortes, de comprimento médio e bem aprumados, secos e bem proporcionais para o corpo. Cascos fortes, limpos acinzentados e/ou amarelos. Úbere simétrico, belo, bem desenvolvido, sem carnosidade, bem inserido ao corpo. Veias mamárias volumosas, bem desenvolvidas e tortuosas. Tetas simétricas, tamanho médio e/ou suficiente grandes para serem ordenhadas. Levemente dirigidas para fora.

A pelagem deve ser de cor marrom uniforme, com grande variação de intensidade, desde marrom escuro até o fulvo e pardo-cinza claro, com duas faixas brancas, contínuas, nas fêmeas - partindo da orelha e passando próximo aos olhos, vão terminar ao lado da boca.

Ponto do focinho e borda de orelhas brancas. Parte distal dos membros branca, sendo que, na face interna, esta mancha continua até a inserção com o tronco. Triângulo branco na inserção da cauda. Nos machos, pelos lisos e brilhantes, longos e médios, ou curtos. Nas fêmeas, pelos macios, finos e brilhantes. Pele solta, flexível, macia, clara, acinzentada. Seu peso médio é de 50 kg nas cabras e 70 kg nos bodes. A estatura entre 70 e 80 cm nas fêmeas e 75 e 83 cm nos machos. Mucosa cinza escura. A Toggenburg, por ser uma raça bastante forte e rústica, suporta condições variadas. 

Embora prefira regiões montanhosas, vive e produz bem em regime de meia ou completa estabulação. Corresponde bem ao trato e à boa alimentação. Na Suíça, produz em média 600 kg de leite por período de lactação, com 3,5% de gordura. A recordista norte-americana produziu 2.010 kg de leite em um ano.

Sua aparência geral deve revelar vigor e vivacidade, pois é bastante rústica e facilmente aclimatável, sendo uma das raças caprinas mais recomendáveis para o Centro e Sul do Brasil, onde sua adaptação é perfeita, sem perda de suas excelentes qualidades. Pode ser criada a campo ou estabulada.
Destinação: Leite, melhoramento genético.
Região mais adequada: Vive bem em regiões montanhosas.











Aprisco
Caprino da raça Murciana
Raça caprina Murciana
Fonte: Aprisco
Especializada na produção de leite, mas também dá carne e pele
Na raça Murciana, distinguem-se três variedades: a de "Hora", explorada em regime de estabulação, no Vale do Segura; a de "campo de Cartagena", que, em geral, não é estabulada e a "Serrana", com notável aptidão para o corte e que vive em liberdade.

Os animais possuem cabeça de tamanho médio, de aspecto triangular, com frente ampla e sutura fronto-nasal ligeiramente deprimida. Delicada na fêmea, longa, fina descarnada e cônica; forte no macho. Chanfro direito ou ligeiramente côncavo. Perfil retilíneo, ligeiramente subcôncavo, discretamente subcôncavilíneo.

Arcadas orbitárias manifestas. Orelhas de tamanho médio, um pouco comprido, delgado, fino e cônico nas fêmeas, sendo mais curto, musculoso, potente e bem ligado no macho. Corpo harmonioso, pequeno, gracioso e esbelto, um pouco comprido na fêmea, bem musculado no macho. Com tronco bem proporcionado e com tendência a longimorfose. O peito é proeminente, saliente, amplo, musculoso, bem ligado, no macho. Tórax amplo, profundo com costelas cinturadas. Linha dorso-lombar retilínea, elevando-se ligeiramente até a garupa, que embora larga é curta, caída/inclinada.

As cruzes são altas. Espáduas pequenas e oblíquas. Ancas bem separadas. Cauda curta e erétil. Ventre amplo e bem conformado, volumoso na fêmea e bem sustido no macho. Úbere típico, grande, volumoso, simétrico, glanduloso, com ampla base de implantação. As tetas são diferenciadas, de tamanho médio, fortes, curtas e dirigidas para frente e para fora. Veias mamárias tortuosas e grossas. Membros que parecem longos pela fineza e elegância, fortes, musculosos e bem aprumados, com ossatura fina. Cascos pretos e fortes.

Os machos pesam entre 55-80 kg e as fêmeas, entre, 40-60 kg. Pelagem uniforme de coloração negra, ou vermelha escura, de mogno (caoba). No entanto, existem animais malhados de branco e preto. Neste caso, as malhas devem ser bem definidas e não constituir indício de cruzamento de outras raças, como a Maltesa e a Toggenburg.

Os pelos são curtos, finos, sedosos e brilhantes. Os machos apresentam uma franja de pelos compridos, cerdosos e eréteis no bordo superior do pescoço e linha dorso-lombar. A pele é fina, flexível/elástica e sem pelos. É escura, assim como a mucosa.

Esta cabra é tipicamente leiteira. É esbelta e elegante. Sua aparência é provavelmente a mais bela entre as cabras leiteiras. O teor de gordura é de mais ou menos 4,5%. É encontrada em quase todo o Brasil, salvo nas regiões mais úmidas. É uma das raças mais indicadas para melhorar os caprinos nordestinos, pois suporta perfeitamente o clima quente e seco e produz ótimas peles.

Prolífera, costuma ter partos duplos e triplos. Os caprinos engordam com facilidade, dando carne muito apreciada, sem odor hircino pronunciado, tanto que se confunde com a de cordeiros. Pela sua docilidade, tamanho, frugalidade, alta produção e hábitos tranquilos, é uma das melhores cabras para quintal e para regime de estabulação.

Destinação: Carne, leite, pele, melhoramento genético.
Clima mais adequado: Não tolera climas frios. Suporta perfeitamente o clima quente e seco.
Região mais adequada: Nordeste brasileiro





Aprisco
Caprino da raça Marota
Raça caprina Marota
Fonte: Aprisco
Animais têm a pelagem toda branca e uniforme
Também denominada Curaçá, esta raça tem como características principais a pelagem toda branca, uniforme. Podem ocorrer pequenas pintas escuras na parte interna das orelhas. As orelhas nem sempre são pigmentadas. A pele, mucosa e cascos são claros, com pigmentação na cauda. A cabeça é ligeiramente grande e vigorosa. Os chifres são de coloração amarelo-claro, bem desenvolvidos, divergentes. São voltados levemente para trás e para fora, com as pontas reviradas quase sempre para frente, grossos na base e afinando para as pontas.

Orelhas pequenas, mas de forma alongada, terminando em ponta arredondada. O pescoço é delgado, proporcionando ao animal um aspecto elegante. A linha de apresentação do dorso é reta, a garupa inclinada. O corpo é ligeiramente alongado. O úbere, embora bem conformado, é pouco desenvolvido; as tetas são claras. Alguns animais possuem pelos ásperos tipo angorá. 

Os animais são de pequeno porte e leves, com os adultos pesando cerca de 36 kg. Os estudos em indivíduos da raça Marota indicam variações de prolificidade de 1,30 a 1,53. Em animais inferiores a um ano de idade, a mortalidade alcança a média de 28,7%. Ao completar o primeiro ano de vida, os animais atingem cerca de 16,8 kg. A aptidão maior desta raça é para produção de pele e carne.
Destinação: Carne, Pele.
Clima mais adequado: Quente e seco.
Região mais adequada: Nordeste brasileiro.









Aprisco
Caprino da raça Charnequeira
Raça caprina Charnequeira
Fonte: Aprisco
Espécie é originária de Portugal
Os caprinos da raça Charmequeira apresentam pelagem vermelho-clara ou mais escura, até o castanho carregado. O pelo é liso, curto e por vezes brilhante. A cabeça é média de perfil retilíneo a sub-concâvo, de fonte convexa, seguida de pequena depressão, e de chanfro retilíneo. Focinho por vezes fino. Boca regular e lábios finos. Olhos vivos e acastanhados. Orelhas pouco destacadas, direitas e de comprimento médio.

Podem ser mochos ou com chifres grandes, largos, juntos na base, dirigidos para cima e ligeiramente inclinados para trás, divergentes, retorcidos na ponta ou nitidamente espiralados em saca-rolhas, rugosos e de secção triangular. Barba frequente nos bodes e rara nas fêmeas. Pescoço comprido e estreito, reto, quase sempre com brincos ou campainhas. Os costados são arqueados. Abdômen regularmente desenvolvido, peito estreito e profundo, cauda horizontal por vezes levantada na ponta.

Úbere (peito) globoso, de regular volume, com tetas destacadas, separadas e dirigidas para frente ou para baixo e, neste caso, em dedo de luva. Os membros fortes, curtos, com aprumos regulares e unhas resistentes.
Peso entre 55 kg e 60 kg, nos machos, e de 45 a 50 kg nas fêmeas.
Destinação: Carne, Leite.











Aprisco
Caprino da raça Mambrina
Raça caprina Mambrina
Fonte: Aprisco
Raça é conhecida no Brasil como"Indiana" ou "Zebu"
A raça Mambrina foi introduzida no país no final do século XIX, por meio da empresa Hagembeck. Alguns desses animais, de longos pelos e coloração negra, ficaram registrados em fotografias da família Lutterbach. Os plantéis desta raça surgiram na Bahia na década de 1940, e logo se tornaram o maior patrimônio caprino baiano. A raça conta com dezenas de criadores entusiasmados e centenas de exploradores. Há bons consumidores em São Paulo, em Goiás, no Mato Grosso e em vários estados nordestinos. 

Possui cabeça em cunha seca, distinta, forte e larga, com perfil subconvexo. O chanfro é direito na fêmea e ligeiramente bombeado no macho. O lábio superior é, às vezes, proeminente. Os olhos são expressivos, mansos, de cor azul celeste. São geralmente mochos, mas esta característica não é racial; quando possuem chifres, principalmente nos machos, estes são longos, saindo para os lados em espiral, para cima e para trás, enquanto nas fêmeas é espiralado e dirigido para trás, lembrando um pouco os da raça Angorá.

As orelhas são grandes/longas, largas, pendentes, atingindo até 40 cm de comprimento por 10 a 15 cm de largura, espalmadas, ultrapassando o focinho, apresentando uma curva para dentro e para fora da extremidade, com a ponta pregueada e retorcida para fora. O corpo é um pouco mais compacto que na cabra Nubiana, com as costas direitas, as costelas cinturadas, a garupa ampla e tão direita quanto possível.

O ventre é desenvolvido na cabra e o peito é largo e musculoso no bode. Úbere volumoso, de forma globular. Tetas de grossura variável, de preferência fortes. Membros altos, fortes, direitos e secos. A pelagem é variável, negra, castanha, amarelada, cinzenta e suas combinações em malhas. Os pelos são cerrados e lustrosos, havendo animais tanto de pelos curtos como compridos. Neste último caso, os pelos compridos dominam no terço inferior do corpo, sendo curtos os da cabeça, orelhas e extremidades dos membros. No Brasil, os animais de pelos curtos são preferíveis e evidentemente mais comuns, por serem mais adaptados ao clima. Seu pelo médio é de 40 kg, na fêmea, e 60 kg no macho. A estatura vai de 70 a 75 cm na cabra e 80 a 90 cm no macho. As mucosas são escuras e a pele é flexível e predominantemente escura.

Esta raça é especializada na produção leiteira, mas tem bom potencial para a produção de peles e de carne. Produz diariamente de 2 a 4 litros de leite com 4% de gordura, com os quais se fabricam, no oriente, queijos e a conhecida manteiga de Alepo. O leite tem bom paladar, pois não possui odor hircino. É uma cabra muito rústica, de grande porte e fácil manejo. Adapta-se sobretudo às regiões agrestes, quentes e secas, como no Nordeste e Centro do Brasil, onde tem prosperado.

Muito prolífica, tem até dois partos por ano, quase sempre de dois cabritos. As melhores parições acontecem no Brasil Central, na primavera. Seu temperamento é calmo. Os cabritos são sadios, fortes e resistentes, não necessitam de cuidados especiais para se desenvolverem bem. A carne é saborosa e muito apreciada. Em cruzamento com nossos caprinos comuns, dá mestiços maiores e mais leiteiros. É uma das raças mais recomendáveis para uma extensa região do nosso país.
Destinação: Carne, Leite, Pele.
Região mais adequada: Nordeste, Centro-oeste e Sudeste brasileiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário